quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
ossos e fluido
sábado, 19 de novembro de 2011
Azul
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
2 segundos

sábado, 20 de agosto de 2011
gelo & fogo
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
impulso paranóico
De uma forma estranha, ainda pulsa
Não fica difícil de acreditar
Quando toco tudo o que foi destruído
Mas ainda respiro.
Ideias atravessam minha mente
Como raios que abalam uma construção
E o medo do meu ódio corrói minhas entranhas
Mas continuo viva.
E tudo torna a fazer sentido
Enquanto veias e artérias sangram num grito letal
Sentindo a falta do coração que eu arranquei pra te dar.
Eu ainda penso.
Eu ainda respiro.
Eu ainda vivo.
E tudo volta pro lugar.
meus traços
Meu bem, descansa .Tudo vai ficar bem.
Basta lembrar do que fomos,
temos, sentimos e somos
E, amanhã, de um jeito incerto
Você me sentirá mais perto.
Guarda essas tralhas, amor
Já não fazem sentido
Ouve a canção que te fiz
Eu ainda estou contigo.
Refaz nossos passos
Reconheça meus traços
Me sinta nos braços
Recolha meus pedaços e os guarde só pra si.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
lembranças, joplin e chardonnay

quinta-feira, 14 de julho de 2011
pra não dizer que te amo

Pra não dizer que te amo
Pinto o mundo de grafite
Mudo o sentido da grafia
E o significado das palavras
Corto ruas, dobro esquinas
Invento toda uma filosofia
Troco o tempo dos verbos
E digo do amarei que sentia
Pra não dizer que te amo
Inverto as letras do alfabeto
Ponho o sol à meia noite
E cinco luas na matina
Confundo a psicologia
E semeio giraluas
Volto a ser uma menina
Pra não dizer que te amo
Emudeço sem razão
Desabrocho flores mortas
Pulo os dias, minto as horas.
Para que tentar dizer com fonemas sem expressão o que os olhos gritam tão bem?
aqui jaz minha disposição para amar

terça-feira, 12 de julho de 2011
neologia
domingo, 10 de julho de 2011
fechando e abrindo a geladeira a noite inteira... ♪♫
Deitar, dormir. Fechar os olhos. Abrir os olhos. Ler um livro. Ouvir música. Assistir TV. Reorganizar o armário. Por os livros em ordem alfabética; e os CDs e DVDs em ordem crescente de ano de lançamento.
Volta ao começo.
Encostar a cabeça no travesseiro. Fechar os olhos. Abrir os olhos. De novo. Dormir, dormir, dormir – coisas demais na mente –. Conversas inacabadas, gritos guardados, sentimentos inalteráveis, lágrimas reprimidas. Minha cabeça girando, girando, girando.
Mais uma vez. Deitar. Respirar. Concentrar. Ler.
“Foi quando meu pai fez menção de se levantar. E, agora, era a minha...”– Brigas; risos; você; declarações –. Esquecer. Tentando: “...era minha vez de segurar...” – Você – “segurar a...” – Nós – “...a sua perna. Mas ele tirou a minha mão...”*. – Você; nós; ela; você e ela. Tudo rodando aqui dentro. – “Foi quando meu pai...”. Desistindo.
Eu me desvencilhando de você.
Deitar. Fechar os olhos. Abrir os olhos. O teto. Mais uma noite longa...
(*Trecho retirado do livro O Caçador de Pipas – Khalled Hosseini)
púrpura, gris e escarlate
sexta-feira, 8 de julho de 2011
assalto a banco

quinta-feira, 7 de julho de 2011
rascunho de carta a um velho amigo

domingo, 5 de junho de 2011
plantando morangos no concreto
Uma amiga que eu chamo de “Crítica” me apresentou a ele. Ela tem nome, mas essa palavra me faz lembrar ela. Ela disse que eu devia procurá-lo, que ele tinha algo a dizer. Pergunte sobre os sobreviventes, ela disse. E eu o fiz. Ele me veio assim, trajado humildemente. De falar simples, mas expressivo. Às vezes confuso - um tanto redundante. Mas era ele.
Me raptou, sem fazer menção a resgate. Me seduziu e me desnudou da forma mais bonita. Me expôs as minhas verdades. E as dele. Me envolveu numa atmosfera de dor, ódio e angústia. Me deixou no escuro. E no final de tudo, com o sorriso mais cínico, deu-me rastros do Sol. Me prometeu que tudo ficaria bem. E eu acreditei. Eu acreditei...
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Nem um pouco pseudo amigas

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector