
quarta-feira, 27 de julho de 2011
lembranças, joplin e chardonnay

quinta-feira, 14 de julho de 2011
pra não dizer que te amo

Pra não dizer que te amo
Pinto o mundo de grafite
Mudo o sentido da grafia
E o significado das palavras
Corto ruas, dobro esquinas
Invento toda uma filosofia
Troco o tempo dos verbos
E digo do amarei que sentia
Pra não dizer que te amo
Inverto as letras do alfabeto
Ponho o sol à meia noite
E cinco luas na matina
Confundo a psicologia
E semeio giraluas
Volto a ser uma menina
Pra não dizer que te amo
Emudeço sem razão
Desabrocho flores mortas
Pulo os dias, minto as horas.
Para que tentar dizer com fonemas sem expressão o que os olhos gritam tão bem?
aqui jaz minha disposição para amar

terça-feira, 12 de julho de 2011
neologia
domingo, 10 de julho de 2011
fechando e abrindo a geladeira a noite inteira... ♪♫
Deitar, dormir. Fechar os olhos. Abrir os olhos. Ler um livro. Ouvir música. Assistir TV. Reorganizar o armário. Por os livros em ordem alfabética; e os CDs e DVDs em ordem crescente de ano de lançamento.
Volta ao começo.
Encostar a cabeça no travesseiro. Fechar os olhos. Abrir os olhos. De novo. Dormir, dormir, dormir – coisas demais na mente –. Conversas inacabadas, gritos guardados, sentimentos inalteráveis, lágrimas reprimidas. Minha cabeça girando, girando, girando.
Mais uma vez. Deitar. Respirar. Concentrar. Ler.
“Foi quando meu pai fez menção de se levantar. E, agora, era a minha...”– Brigas; risos; você; declarações –. Esquecer. Tentando: “...era minha vez de segurar...” – Você – “segurar a...” – Nós – “...a sua perna. Mas ele tirou a minha mão...”*. – Você; nós; ela; você e ela. Tudo rodando aqui dentro. – “Foi quando meu pai...”. Desistindo.
Eu me desvencilhando de você.
Deitar. Fechar os olhos. Abrir os olhos. O teto. Mais uma noite longa...
(*Trecho retirado do livro O Caçador de Pipas – Khalled Hosseini)
púrpura, gris e escarlate
sexta-feira, 8 de julho de 2011
assalto a banco

quinta-feira, 7 de julho de 2011
rascunho de carta a um velho amigo
