Tua
mão assume minha pele, percorre minhas curvas. Desarruma-me os cabelos - e o juízo. Redesenha
minhas pernas, me aperta a nuca e me puxa pra perto. E me invade. E me une a ti
de tal forma que deixamos de ser dois. Lança-se mão de toda racionalidade. Cabeça
vazia, peito cheio. Que sou eu se não uma extensão do sentir? Do tato, do
desejo, do límbico? Que dirá do reptílico? Te bebo, me tomas. Nos temos. Que
queremos mais? Então me sente, me devora e ignora toda regra da boa escrita e
bom cidadão. Te prendo em mim e não largo. - Não penso, logo sinto.
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