quarta-feira, 20 de junho de 2012

cowboy


- Acordei com uma vontade louca de fumar. Beber uísque com gelo. Acabar com o maço em uma hora. O curioso é que parei de fumar a dois anos e três meses. Me lembro bem a data porque coisas assim a gente lembra. Coisas que fazem as pessoas sorrirem e aprovarem nossos atos.
“Acho que vou secar a garrafa. Já tem um tempão que ela ta aí, guardada. Comprei pra afogar as mágoas, mas desisti. Achei que não valesse a pena, que era pouca lama pra uma bebida cara.”
“Mas agora eu tomo, a esvazio por mim. Engolir até meu organismo rejeitar o destilado e pôr pra fora o álcool e a nicotina que forcei fazerem parte dele. E que o vômito leve junto todas as impurezas do meu corpo. Com a dor de cabeça eu me entendo depois.”
“Sei lá, acho que no fim não sou eu, nem os cigarros, nem o uísque. É você. No fim é sempre você, não é?”

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